31 de agosto de 2011

Refletindo #4

Percebi uma coisa. Às vezes não damos valor àquilo que realmente precisa.
Eu nunca fui muito de cachorros, mesmo tendo alguns durante minha vida. Tive dois quando era bem pequena, não me lembro muito bem - só lembro que um, eu queria que ele escovasse os dentes comigo, e então, acabei dando a minha escova de dentes pra ele. "Totó tem que ficá com os dentinhus limpinhus". Se minha mãe não tivesse visto, provavelmente eu teria pego a escova de novo e colocado na boca... ai, meus 4 anos de idade... enfim...
Depois de um tempo, e a maior parte de minha vida, não tive mais nenhum animal para cuidar. E não tinha muita vontade de ter. Na verdade, não que eu não goste, eu adoro, acho super fofo, mas pra mim não fazia tanta falta. Porém, há um ano atrás, de tanto que minha irmã queria um cachorro, arranjamos uma Poodle-micro (?), daqueles pequenininhos. E, parece que quanto menor o cachorro é, mais bagunça ele faz. Quando pegamos ela, dava pra segurá-la na palma da mão, de tão pequenininha que era. Lembro que vi ela começar a andar... começar a morder, entrar dentro de casa, destruir um tênis meu, um papertoy meu... aí, parei pra pensar que, se não houve mais ela nesses dias, não teria a mínima graça. Por mais que você não queira um cachorro, no fim, acaba criando um amor por ele. Li uma vez que, cachorros "sentem" quando há algo de errado, e vão pra perto da pessoa para fazer companhia, pedir colo... e acabei provando que é meio verdade isso. Por mais sozinho que você se sinta, sempre vai ter uma cabecinha com um par de orelhas bufantes pedindo carinho na barriga e um colo. Sempre vai ter aquela carinha de dó pedindo comida quando você estiver comendo, ou então mordendo a barra da sua calça para que você dê atenção e brinque, ao menos um pouquinho com ele. Sempre vai ter um sapato destruído, um tapete sujo, ou qualquer outra coisa mordida. Mas isso é tão pequeno em comparação ao bem que eles nos fazem sem pedir quase nada em troca...

Nenhum comentário:

Postar um comentário