28 de dezembro de 2010
O dia estava nublado. O natal não tinha sido dos melhores. Sentia tanta falta de Luke. É, Luke... o que eu poderia falar dele? Um cara com problemas, que tem um sorriso lindo... e que ninguém deu o verdadeiro valor que ele merece. Minha cabeça pensava nisso quando eu estava sentada no sofá da casa da minha vó, tomando um pouco de vinho, na véspera de natal. Eu ficava a toda hora olhando meu celular, como se alguma mensagem pudesse chegar, porém ele estava meio incomunicável, e nunca fiquei tanto tempo sem falar com ele - conversávamos o dia todo, seja por mensagem, seja por msn. E, particularmente, depois de uma mensagem, no dia 25, ao final do dia, ele conseguiu me fazer sorrir de um jeito que eu não sorria fazia um bom tempo. Ele conseguia me fazer sentir bem sem fazer esforço algum. Era tão bom, eu me sentia... livre. Era estranho. Eu não queria me envolver com ninguém no momento, não queria nenhum sentimento que pudesse levar sofrer, como das outras vezes. E, o mais estranho ainda, era eu sentir algo por alguém que só via por webcam e conversava por msn. Nada contra, mas nunca acreditei muito nesse negócio de namoro à distancia, paixão à distância... era tudo, digamos, novo. Ele dizia coisas que eu daria tudo pra ouvir de um cara. Me fazia sentir uma mulher que tinha chances de um cara gostar de mim de verdade... porque, depois de Rodrigo, eu duvidava que algum cara poderia gostar de mim mesmo, sem querer se aproveitar de mim. Mas como eu disse, era difícil acreditar em palavras escritas por msn... já havia acreditado uma vez, e pra mim, fora o suficiente para quebrar a cara. Mas, numa de nossas conversas, Luke havia dito que iria me conquistar, e namorar comigo. Eu, sorrindo e brincando disse "estou apostando pra ver se vai conseguir".
Mas, como eu dizia, o dia estava nublado, havia chovido o dia anterior inteiro, e ainda estava abafado. Ah, o verão. Eu odeio calor. Mas foda-se, era férias e eu queria aproveitar o máximo delas. Seria a melhor férias de minha vida. Como havia acordado meio cedo... eu resolvi caminhar um pouco, aproveitar que não chovia. E assim eu fiz. Mas por um ato impulsivo, e no local que eu estava - perto do trabalho de Luke - tomei coragem, e mandei uma mensagem falando que eu estava do lado dele.
Esperei ele sair num local meio afastado, meio sem movimento - ou quase. O sol estava aparecendo aos poucos por entre as nuvens. Estava começando a ficar calor novamente. Quando ele apareceu, nos abraçamos, e inconsciente, coloquei minha cabeça em sua curva do pescoço. O cheiro dele era tão bom. Era um cheiro diferente, que me acalmava.
- Então... você é de verdade! - Ele disse, feliz, me cutucando. Dei risada de sua reação.
- Sim, eu sou. - Respondi ainda rindo, com ele ainda me cutucando.
- Sabia que me irrita pessoas que ficam me cutucaaaando - eu disse, de maneira divertida, cutucando ele também. Ele riu. Seu sorriso...
E assim foi. Ficamos conversando durante um bom tempo. A conversa fluía como se fôssemos amigos há tanto tempo... e assunto que não faltava. Isso me fazia sentir tão bem. E por um momento, parecia que tudo o que havia acontecido naquele ano, estava ficando para trás como uma lembrança muito ruim. Como um pesadelo que a gente acorda, ofegante. E percebe que, se nada de ruim tivesse acontecido, as coisas boas não apareciam. Era isso que eu sentia, mas não sabia que era exatamente isso.
Conversa vai, conversa vem, e o tempo também passava. Eu precisava ir. Ele se levantou e eu também.
- Bom, preciso ir. Tenho coisas pra fazer hoje...
Ele me olhou fixamente nos meus olhos, e colocou as mãos em minha cintura. Um pequeno arrepiou surgiu quando ele fez isso. Minhas mãos que levemente tremiam, se apoiaram no seu peitoral. Pois é, essa era eu nervosa. Não sabia se queria ficar com ele. Não sabia se, depois dessa vez, ele iria querer ficar comigo de novo. Eu estava com medo de que tudo se repetisse. E com vergonha. E encanada com coisas idiotas. "E se ele não gostasse do jeito que eu beijo...?". Na primeira tentativa que ele foi me beijar, eu virei o rosto, com vergonha. Não sabia se isso era o correto, mas ao mesmo tempo, eu queria ficar com ele. Ele me olhou sorrindo, e eu senti que suas mãos também estavam tremendo e que ele estava nervoso. Ri de nervoso. Mas que merda.
Suas mãos rumaram para o meu rosto, o segurando de leve, e a ultima coisa que pensei foi "que se foda todas as inseguranças" e deixei que ele me beijasse. E se não tivesse feito isso, eu me arrependeria com certeza. Foi o melhor beijo, de longe. Era como se houve um encaixe, e o ritmo perfeitamente controlado.
Depois disso, passei a pensar que poderia ter sido o destino que tivesse colocado Luke em minha vida. Por que afinal, com quantos caras, da sua cidade, você topa no twitter, e depois descobre que ele é uma é pessoa maravilhosa fora de redes sociais?
Esperei ele sair num local meio afastado, meio sem movimento - ou quase. O sol estava aparecendo aos poucos por entre as nuvens. Estava começando a ficar calor novamente. Quando ele apareceu, nos abraçamos, e inconsciente, coloquei minha cabeça em sua curva do pescoço. O cheiro dele era tão bom. Era um cheiro diferente, que me acalmava.
- Então... você é de verdade! - Ele disse, feliz, me cutucando. Dei risada de sua reação.
- Sim, eu sou. - Respondi ainda rindo, com ele ainda me cutucando.
- Sabia que me irrita pessoas que ficam me cutucaaaando - eu disse, de maneira divertida, cutucando ele também. Ele riu. Seu sorriso...
E assim foi. Ficamos conversando durante um bom tempo. A conversa fluía como se fôssemos amigos há tanto tempo... e assunto que não faltava. Isso me fazia sentir tão bem. E por um momento, parecia que tudo o que havia acontecido naquele ano, estava ficando para trás como uma lembrança muito ruim. Como um pesadelo que a gente acorda, ofegante. E percebe que, se nada de ruim tivesse acontecido, as coisas boas não apareciam. Era isso que eu sentia, mas não sabia que era exatamente isso.
Conversa vai, conversa vem, e o tempo também passava. Eu precisava ir. Ele se levantou e eu também.
- Bom, preciso ir. Tenho coisas pra fazer hoje...
Ele me olhou fixamente nos meus olhos, e colocou as mãos em minha cintura. Um pequeno arrepiou surgiu quando ele fez isso. Minhas mãos que levemente tremiam, se apoiaram no seu peitoral. Pois é, essa era eu nervosa. Não sabia se queria ficar com ele. Não sabia se, depois dessa vez, ele iria querer ficar comigo de novo. Eu estava com medo de que tudo se repetisse. E com vergonha. E encanada com coisas idiotas. "E se ele não gostasse do jeito que eu beijo...?". Na primeira tentativa que ele foi me beijar, eu virei o rosto, com vergonha. Não sabia se isso era o correto, mas ao mesmo tempo, eu queria ficar com ele. Ele me olhou sorrindo, e eu senti que suas mãos também estavam tremendo e que ele estava nervoso. Ri de nervoso. Mas que merda.
Suas mãos rumaram para o meu rosto, o segurando de leve, e a ultima coisa que pensei foi "que se foda todas as inseguranças" e deixei que ele me beijasse. E se não tivesse feito isso, eu me arrependeria com certeza. Foi o melhor beijo, de longe. Era como se houve um encaixe, e o ritmo perfeitamente controlado.
Depois disso, passei a pensar que poderia ter sido o destino que tivesse colocado Luke em minha vida. Por que afinal, com quantos caras, da sua cidade, você topa no twitter, e depois descobre que ele é uma é pessoa maravilhosa fora de redes sociais?
- continua -