17 de junho de 2011

O diario de uma otaria - capitulo 13

14 de agosto de 2010

Discando os números tão conhecidos já, um toque, dois toques, três... dez. Desligo. Ou eu estava ficando paranoica, ou realmente, ele não queria me atender. O por que disso? Nem Deus sabe. As mensagens já não existiam. E eu ficava a olhar meu celular a cada 5 minutos. Os sorrisos cruzados durante o dia também não. Tudo se passou a meros olhares perdidos. E uma cara de sofrimento vinda dele. Qual seria o meu problema? Acho que era me importar demais, e correr atrás de quem eu gostava. Sim, eu gostava de Rodrigo demais. Resolvi ligar na sua casa, a fim de que eu recebesse uma resposta. E tudo que recebi foi um "depois a gente se fala, por MSN" seco, e estupido. Ele não gostava de falar comigo por telefone, ele me evitada ao vivo, e por que eu ainda me importava?
Ele me trocou por futebol e sair pra beber com os amigos, um milhão de vezes. E durante a madrugada, me ligava bêbado, falando que eu era a mulher de sua vida. Às vezes, ligava falando que estava com saudades, ou era apenas pra me 'desejar uma boa noite pra menina mais especial que eu já conheci', ou então, falar que meu abraço era um dos melhores que ele já tinha recebido, e que necessitava tanto de um agora. Ele é totalmente paradoxal; uma ideia não bate na outra. Um momento me ignorava como se não houvesse outro amanhã, e em outro, ele me tratava como...hã... namorada? Eu não passava de uma mera conhecida, uma ficante qualquer.
Ele, pra mim, não era um mero conhecido ou um alguém qualquer. E nem Jake, que no fim das contas, já estava atolado na zona de meu esquecimento, conseguia me fazer mudar de ideia. Ele odiava o Rodrigo. Falou que eu merecia coisa melhor. Engraçado. Se eu mereço coisa melhor, por que ele não ficou comigo em todo o tempo que fui atrás e tentei algo?
E eu tentava me ocupar com algo, por menor que seja, para desviar a minha atenção do celular. Mas aquele vazio e a sensação que Rodrigo estava cada vez mais distante e diferente comigo, me incomodava. EU SENTIA AQUILO. Era um tipo de sexto sentido apitando, me alertando pra sair daquele terreno, pois mais uma vez ele iria desmoronar. E foi bem assim. Apitou, atendi:
'Eu quero conversar com você, simplesmente não dá mais.'
Durante o resto do dia, não me lembro muito bem, não fiz nada de útil. Entrei em minhas redes sociais. Postei que eu estava cansada e com dores. Até que, um certo alguém respondeu 'quer massagem?' eu fiquei com cara de "WTF?!" E pensei que era mais um que me seguia no twitter, e tentava me xavecar. Nem dei moral. A minha cabeça rodava naquela frase. Naquela conversa. Naquela dor e mais uma vez, na esperança de não ter apostado toda a minha sorte na lama.

- continua -

Nenhum comentário:

Postar um comentário