"Seja forte, não se entregue. Chorar faz bem, mas vai te deixar pior..."
Acho que foram as frases que mais ouvi em toda a minha vida. Pra eu ser forte e encarar uma situação de frente, dar a cara ao tapa. Como se viver fosse absolutamente fácil. Não que seja ruim, mas fácil não é. Existem momentos, que você se segura, respira fundo, engole palavras e decepções. Finge que não ouviu, finge não ver, não querer saber, e toca a vida assim. Evita falar coisas, pois se faladas, iriam gerar um conflito. E por mais que te doa e esteja doendo, afinal, você não pode ter tudo o que quer, tenta perceber as coisas por outro ponto de vista. E isso vai se acumulando.
As coisas não são mais as mesmas. Você tem 18, quase 19. Sua vida parece ter mudado tanto em tão pouco tempo, mas ao mesmo tempo parece que nada mudou. Viver na inconstância do ser, em que a pragmática do discurso esteja distorcida. Você olha álbuns de fotografias e outras em seu mural e percebe que a vida continua e que cada um seguiu seu rumo. E o que restou? A saudade. E ela faz doer tudo por dentro. Sabe, aquela vontade de olhar pro lado e encontrar os velhos rostos conhecidos, e eles não estarem lá? É mais ou menos isso em que estou vivendo.
Me falaram que com o tempo isso ameniza e essa solidão passa. Sim, eu sei que passa. Mas será que sou forte o bastante para fazer e ajudar isso a passar? Me habituar com mudanças drásticas nunca foi meu forte. Engraçado, odeio rotina e odeio mudanças drásticas. Paradoxal, eu sei.
Só queria que tudo fosse um sonho ruim, e que essas lágrimas que escorrem do meu rosto fosse somente de felicidade.
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