Resenha: Todo Garoto Tem - Meg Cabot

Todo  Garoto Tem

Autora: Meg Cabot

Editora: Galera Record

Páginas: 380

Ano: 2008

Essa era uma viagem que tinha tudo para dar certo: Holly e Mark decidem fugir para se casar numa villa do interior da Itália, tentando evitar o stress causado pela diferença de religião entre suas famílias. Para acompanhá-los como madrinha, dama de honra e melhor amiga da noiva, a cartunista Jane Harris, uma mulher divertida e engraçada que mal pode esperar pela sua primeira viagem ao exterior. Mas é claro que Mark também convidou o seu melhor amigo, o jornalista internacional Cal Langdon, que passou os últimos anos em campos de guerra, plataformas de petróleo e outros lugares inóspitos.

Já no aeroporto, Jane e Cal sofrem de total ódio à primeira vista, e qualquer tentativa de aproximá-los parece ser totalmente inútil: enquanto Jane acha o jornalista um chato terrível, um cínico que não acredita em amor e nem ao menos conhece o personagem de quadrinhos criado por ela, a impressão que Cal tem da cartunista é a de uma mulher ligeiramente maluca para quem o fato mais impressionante a respeito do Coliseu é que Britney Spears gravou um comercial lá.

Mas o que ninguém esperava era que somente esses dois pudessem salvar o casamento de seus melhores amigos. E, nessa inesperada união entre opostos, Cal e Jane acabam por descobrir que, mesmo que não pareça, existe algo que todo garoto tem.

Sou suspeita a falar de chick-lit e Meg Cabot.

Mas, Todo Garoto Tem é daqueles livros viciantes. Um história divertida e atrapalhada que vai contar alguns dias da vida de quatro personagens principais (porém, dois têm um destaque especial): Holly e Mark (que são noivos), Jane (melhor amiga de Holly) e Cal (melhor amigo de Mark).

A história é contada por três maneiras diferentes: o diário de viagem que a Jane ia dar pros amigos, mas passou a ser um tanto quanto pessoal (que passa a ser o "principal" meio de narração da história); anotações de Cal em seu palmtop; e e-mails (seguindo o modelo dos outros livros).

Jane, que é cartunista e dona do famoso quadrinho Wondercat, teve a brilhante ideia de começar um diário de viagem para dar de presente aos noivos - que, por acaso, eles estavam fugindo para a Itália para se casar, já que as duas famílias eram contrárias ao casamento: a mãe de Holly por ser uma católica fervorosa; e a mãe de Mark, judia, que não queria que ele se casasse com uma católica.

A viagem tinha tudo para dar certo, tanto na cabeça dos noivos, quanto na cabeça de Jane, se não fosse pelo arrogante Cal, que além de ser um "desligado" das novidades do mundo das artes (e de ele não saber o que é Wondercat, deixando-a furiosa), ser um "tarado por modelos" (segundo as anotações de Jane), ele ficava disputando com ela o descanso de braço no avião, ficava implicando por quantas garrafas d'água ela comprou e em outras coisas mínimas.

Só que, ao chegar na vila de Le Marche, eles se deparam com um imprevisto, algo que pode impedir que o casamento aconteça, impedir de unir a vida do casal que tanto sonhou com esse momento. Porém, alguém está feliz. Alguém que não acredita em amor está feliz pelo amigo não cometer o pior erro de sua vida. Sim, Cal. Porém, Jane irá fazer de tudo para provar que o Wondercat é reconhecido mundialmente, e que Cal, apesar de ser um jornalista mundialmente conhecido, está errado sobre sua opinião sobre o amor... muito errado!

Esse livro é hilário. Sério, tanto as anotações de Jane sobre o Cal, quanto as observações dele sobre ela. Muitas partes são bem cômicas, já que Jane é um modelo de pessoa animada, empolgada e super persistente. Devo falar também que alguns e-mails tem o seu toque de humor, como de crítica, bem estilo Meg Cabot (quando ela cita as religiões, por exemplo). Ainda com cenário do The New York Journal, porém, não sendo o foco principal, a história toma um rumo diferente dos outros livros. Escrita leve, linguagem fácil, é uma leitura "vapt-vupt".

Nem preciso falar que está super recomendado, né? ;)

Sobre a autora:

Priscila. 20 anos. Mora em São Carlos - SP. Estudante de Linguística na UFScar. Fã de Green Day e McFly. Chata, impulsiva, neurótica, alegre, boba, feliz, criativa, desligada, teimosa, ciumenta. Blogueira, aspirante à escritora. Devoradora de livros. Colecionadora de CDs, All Stars, lapiseiras.