
Pode-se dizer que a vida é uma bagunça. Uma bagunça de coisas jogadas, livros espalhados ao chão, All Star's em cada canto do quarto. Deixa estar. Uma bagunça de desejos e vontades. E você olha pra dentro de si. Queria, bem ao fundo, que algum desejo se tornasse realidade. Queria um amor, uma vida estável. Queria um começo, um meio... um fim? Tudo que começa, acaba, então teria um fim. Mas você não queria um fim, queria que durasse. E olhando para aquele pequeno pedaço de papel dobradura na sua mão, você desejava que o fim não fosse doloroso. Pelo menos, desejava que conseguisse suportar. Mas não queria o fim, não queria. Não estava nem no começo. E pensando, novamente percebeu a bagunça. Essa mistura que te constitui, sempre lhe perseguirá. Correndo para um lado, com cabelos ao vento e ele partindo em direção oposta, em um segundo parou para pensar que, em um certo ponto suas vidas se juntariam. Em um certo ponto a bagunça seria desfeita, ou seria uma mistura de bagunças. Em um certo ponto, aquele pequeno pedaço colorido que lhe dera esperança, seria o começo do fim da escuridão.