5 de maio de 2010

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"A noite estava fria e tocava qualquer coisa no rádio. O silêncio era matador. Ela mexia nervosamente em seus dedos, e tremia. Ele a olhava de canto de olho, sem desviar sua atenção do trânsito. Estacionou o carro e os únicos sons em que se ouviam, além da música, era das respirações: descompassada a dela, e um tanto quanto acelerada a dele. Nervoso? Nem ele sabia.
- É, eu preciso entrar - ela disse tentando quebrar o gelo e já segurando a maçaneta. Ele simplesmente balançou a cabeça em sinal afirmativo e a olhou fixamente. Ela ficou estática. Ele se aproximava lentamente dela, enquanto esta fechava os olhos. Suas respirações podiam ser sentidas nos rostos. Ele riu do nervosismo dela e parou de avançar. Olhou para o tal rádio e aumentou o volume, fazendo com que a música que tocava naquele instante  fosse a música deles. E a pegando de surpresa, se aproximou depressa, selando seus lábios nos dela, sentindo a energia que ambos passavam"

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