16 de maio de 2013

Conheça o “Museum of Broken Relationships”: Um cemitério de objetos e amores perdidos

Um tanto curioso, esse lugar vai armazenar objetos que simbolizaram um grande (ou não tão grande assim) amor.
São objetos que foram doados pelo público, que testemunharam o fim de um relacionamento, sempre acompanhados de um depoimento, ora longo e muito explicativo, ora simples e poético. Lá tem objetos bem variados, simples, elegantes e muitas vezes, altamente significativo, como um vestido de noiva e um contrato de casamento. Testemunhos que foram esquecidos do final doloroso de uma vida em comum.


O conceito surgiu em 2006, graças à iniciativa de Olinka Vištica e Dražen Grubišić, ambas desejando expressar suas dores de maneira criativa. Desde então, a coleção não para de crescer, devido as suas exposições itinerantes que já passaram por diversos países, dentre eles, França, Inglaterra, Turquia e Argentina. A cada uma dessas viagens, habitantes locais são convidados a dividir sua história, doando objetos ao museu.



As criadoras do projeto tiveram em 2011 seu trabalho reconhecido pelo Kenneth Hudson Award, recebendo o prêmio de melhor museu europeu do ano.
O museu é dividido em salas temáticas relacionadas aos sentimentos e situações que representam os objetos ali presentes. As paredes imaculadamente brancas ostentam somente os títulos das salas e frases escolhidas dos depoimentos. Sobre suportes brancos iluminados repousam placidamente os fatídicos objetos. Ao lado de cada um deles, uma etiqueta explica ao visitante, em croata e em inglês, sua história, contada por seu infeliz doador. No alto, um título, o tempo de duração do relacionamento em questão e a cidade e o país de sua ocorrência. Embaixo, um pequeno (ou longo) texto explica a relevância do objeto como testemunho de um amor despedaçado. Esses escritos são tão variados quanto seus respectivos objetos.


A título de exemplo, a sala dedicada aos relacionamentos à distância apresenta uma mala, sapatos, uma nota de cem coroas suecas e até mesmo uma bicicleta. Outra sala, bem peculiar, denominada “vítimas do desejo”, mostra objetos eróticos e ligados a fantasias sexuais. O corredor da raiva e violência ostenta um imenso e assustador machado. O visitante viaja em sua imaginação…



O mais triste é certamente o espaço ligado à morte. Dentre outros objetos igualmente melancólicos, encontra-se uma rude chave em metal, ladeada pelos seguintes dizeres:

“ Você me falou de amor, me deu todos os dias pequenos presentes; este é apenas um deles. A chave para o coração. Você virou minha cabeça; você somente não queria dormir comigo. Eu percebi o quanto você me amava só depois que você morreu de AIDS”.




Aos brasileiros com coração despedaçado, a notícia é que logo logo a exposição promete visitar nosso querido país. O que serpa que vai dar, hein?

Nenhum comentário:

Postar um comentário