30 de abril de 2013

Resenha: Delírio, Lauren Oliver

Delírio
Autora: Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Páginas: 352
Ano: 2012

Classificação: ★★

"Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?"

Delírio vai contar a história de uma América sem amor, e dentro dessa história vai mostrar Lena, uma menina de 17 anos, que mora com sua Tia Carol desde que sua mãe morrera, tem medo de pisar fora da linha, segue todas as regras e sabe vários trechos da Shhh (livro que usam na educação, chamado de Suma de Hábitos, Higiene e Harmonia) de cor.
A verdade é que Lena morre de medo do amor deliria nervosa e de ser infectada por ele, pois segundo a Shhh é uma das piores doenças que o ser humano pode contrair. Mas, Lena pode ficar sossegada, pois sua intervenção está chegando, ou seja, o método que os cientistas descobriram para curar o ser humano do amor.
Enquanto Lena é toda certinha, Hana, sua melhor amiga, tem se mostrado um pouco rebelde e não anda aceitando bem todas as regras idiotas que foram impostas para eles; as músicas passavam por uma avaliação: aquelas que são boas e não "pertubam a paz" são colocadas num site do governo, na intranet, para que os cidadãos baixem; festas são proibidas, assim como exposições de afeto na rua, e claro, é extremamente proibido o contato entre meninas e meninos ainda não curados (ah, um detalhe: a autora fala que até o homossexualismo é curado...). Hana estava cansada de viver nessa jaula, nesse sistema. Ela descobrira, através da intranet, pessoas que não concordavam com essas regras todas, e se reuniam em festas, com músicas boas e bem diferentes; mas apesar de tudo, Hana ainda gostava de correr com Lena, e foi graças a uma dessas corridas, que elas toparam com Alex... e a história mudou.
Alex praticamente vai fazer Lena desabrochar, e mostrar para ela sobre a Selva e os Inválidos (aqueles que fugiram do sistema) não são realmente como o governo americano prega. Ele também vai ensinar a Lena várias coisas simples, e provar a ela que o amor não é aquele bicho de 7 cabeças. Juntos, eles vão tentar viver esse amor fora das barreiras do sistema, e até tentar descobrir se a mãe de Lena morreu mesmo ou só foi arrastada pra um lugar onde se é esquecido até a morte...

Posso dizer que Delírio é um livro bom. Não me desagradou mas também não cai em amores (tirando as partes que o Alex aparece hehehe).
Não sei se vai melhorar 100% em Pandemônio, mas achei a Lena é bem irritante e meio sonsa nesse livro. Algumas atitudes dela me irritaram, como o medo constante de viver de um jeito melhor, fora dos padrões, o que tornou a leitura meio lenta. Mas não posso deixar de comentar que ela evolui muito do meio do livro para o final, mostrando que pode ter uma personalidade muito forte e marcante, assim que vai descobrindo certos prazeres da vida.
Hana tem um papel essencial, e acho que deveria ter mais destaque na história principal. Sei que há um conto em e-book focando o ponto de vista dela, mas ainda não o peguei (caso pegue, provavelmente vou fazer resenha pra vocês). Deixo 3 estrelinhas pra vocês, aviso que fiquei bem confusa com o final e posso até dizer que estou curiosa para ler o segundo volume. ;)

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