A Mulher do Viajante no Tempo
Autora: Audrey Niffenegger
Editora: Suma de Letras
Páginas: 456
Henry sofre de um distúrbio genético raro. De tempos em tempos, seu relógio biológico dá uma guinada para frente ou para trás, e ele se vê viajando no tempo, levado a momentos emocionalmente importantes de sua vida tanto no passado quanto no futuro. Causados por acontecimentos estressantes, os deslocamentos são imprevisíveis e Henry é incapaz de controlá-los. A cada viagem, ele tem uma idade diferente e precisa se readaptar mais uma vez à própria vida. E Clare, para quem o tempo passa normalmente, tem de aprender a conviver com a ausência de Henry e com o caráter inusitado de sua relação.
Sinceramente, eu não sei como começar essa resenha e, talvez, ela fique enorme. A mulher do Viajante no Tempo é um livro intenso, forte e apaixonado.
As coisas parecem simples até pensarmos nelas. Por que a ausência intensifica o amor?
O livro começa quando Henry tem 28 anos e Clare tem 20. Eles "acabam" de se conhecer. Na verdade, Henry acaba de conhecer Clare, mas ela já o conhecia há muito tempo. Confuso? Falando assim pode ser. Ao que tudo indica, Clare e Henry são destinados a ficarem juntos.
Henry é um viajante no tempo. Ele pode viajar tanto 50 anos pra trás do ano que se encontra, quanto 50 anos pra frente. E nessas viagens, um Henry do futuro, conheceu a Clare menininha, e passou a vê-la crescer, acompanhando de perto (viajando no tempo) todas as mudanças de sua futura mulher, até eles se encontrarem, realmente, no presente. E mesmo depois de reencontrá-lo no presente, e ele não ter ideia de quem Clare é, ela não desiste e o conquista, mesmo que ele seja imaturo o suficiente para deixar qualquer mulher de cabelos em pé e viajar no tempo incontrolavelmente.
A forma como eles lidam com os problemas e brigas é linda. No final, eles sabem que o amor é maior que tudo. Não fica exatamente claro porque Henry apareceu na vida de Clare, mas aparentemente, foi obra do destino.
Com altos e baixos, problemas, alegrias, tristezas, perdas e vitórias e claro, muitas viagens no tempo, a história vai se desenvolvendo e envolvendo o leitor em momentos de angústia e alegria. Nada afasta o casal.
O livro é divido em três partes, mas por não ter um tempo bem delimitado, a demarcação do tempo é feita através de datas e idades, de acordo com a época em que se encontram. Ora narrado por Henry, ora por Clare, a história permite que o leitor tenha duas visões diferentes dos acontecimentos.
Fui "seca ao pote" quando recebi esse livro da Suma. Minha expectativa era de uma história digamos... leve. E eu encontrei algo totalmente oposto! O livro é lindo, marcante, tocante. Esse foi o segundo livro que cai em lágrimas, depois de Um Dia, do David Nichols. Algumas cenas são escritas de forma tão intensa que você acaba sentindo na pele, realmente, o que cada personagem passou.
Apesar dessa brincadeira com o tempo, é uma história que não tem como se perder, porque logo de cara você entende como a autora escreveu. No começo, pode parecer que os acontecimentos são jogados e aleatórios, porém, quando a história vai ganhando um corpo, tudo começa a se ligar. Necessita de uma atenção máxima, já que é um livro bem detalhista.
Se tive vontade de desistir de ler? Sim. Mas não porque a história é chata, e sim porque mexeu demais comigo. E olha, é bem difícil disso acontecer; de me envolver com uma história que me "identifico" com uma personagem das cabeças aos pés.
Devo falar que fechei o livro e fiquei com aquela sensação de que a gente perde muitas coisas com besteiras e que deveríamos aproveitar mais o nosso tempo, já que ele é curto. Não sabemos o que pode acontecer no instante seguinte, então, por que não aproveitá-lo da melhor maneira? ;)
Caramba!!! Eu quis muito ler esse livro, mas achei que seria algo mais leve...Agora estou co medo, porque, ao contrário de vc, eu me envolvo fácil com livros e já chorei em porções deles..rsrs
ResponderExcluirParabéns pela resenha Priscila! Já li A Mulher do Viajante no Tempo e curti bastante. Beijos!
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