Sacrifice
O relógio tocou: 05h30min da manhã. Hoje seria um dia que os outros: levantaria cedo, estudaria antes de ir para a aula, seguiria seu caminho, e ficaria na escola até 8 horas da noite. Depois iria trabalhar. Voltaria à meia-noite. Rotina. Como sempre uma rotina que cansa. Dirigiu-se ao banheiro e olhou-se no espelho: cara horrível, com olheiras profundas. Realmente estava precisando de uma BOA noite de sono, sem ter acordar cedo para estudar. Tomou um banho quente, sentiu cada parte de seu corpo aceitar a água que batia em sua pele. Depois, saiu do banho, deu uma ajeitada no visual, não que isso fez melhorar muito sua aparência, mas estava melhor.
Olhou no relógio novamente: 06h30min. Suspirou e sentou-se na cama. Olhou para fora, aonde os raios de sol começavam a aparecer. Seria um dia lindo, porém mais um dia que ela ficaria trancada numa sala. Ouviu um barulho do lado de fora, e olhou pela janela. Deu de cara com ele, somente de boxers andando pra lá e para cá em seu quarto. Não pode deixar de reparar em seu belo físico. Seu lindo vizinho, lindo, porém arrogante dos infernos. Por ironia, sua janela dava de frente a dele, que eram de vidros somente. O quarto dele era particularmente arrumado, e o destaque eram a imensa quantidade de CDs que ele tinha. Sua cama ficava de frente a janela, e ele se sentou. Apoiou os cotovelos nas pernas e colocou a cabeça entre as mãos. Aparentava estar preocupado. Ele olhou para a janela, e percebeu que a menina o olhava.
Tudo bem que ela era insuportável e que vivia em função aos estudos e ao trabalho, mas ela era linda. Pegou um papel e escreveu "O que está olhando?" e mostrou pra ela. Ao ler aquilo, ela soltou uma risada irônica, e o respondeu "Nada, estava na MINHA janela, olhando para fora. Que culpa eu tenho se a SUA janela fica de frente?" Ele riu, escreveu e mostrou "Eu sei que você estava olhando pra mim, não negue", e na hora em que ela leu, ficou vermelha e ele riu ainda mais da cara da menina. Bufou irritada e ao invés de responder, fechou a cortina. Se tacou na cama. Bufou novamente.
- Ele tem o DOM de me estressar logo às... - ela olhou no relógio - 06h45min da manhã! Meu Deus! Não estudei e ainda vou chegar atrasada! - Saiu correndo do quarto, pegou sua bolsa e os livros, bateu a porta de casa, teria uma longa caminhada até a faculdade.
Tom saiu de casa e entrou no carro. Iria para a casa de um amigo. Estava ficando louco de ficar naquela casa. Enquanto dirigia viu a figura de uma menina com cabelos curtos e castanhos, cheia de livros nas mãos, e andando com pressa.
(coloquem a música pra tocar -q PS: se a música terminar antes de terminar de ler, coloquem-na de novo. Ela é importante.)
- Está com pressa é? – ela ouviu alguém dizer enquanto andava em seu passo acelerado. Olhou para o lado e ele estava praticamente estacionando o carro, para falar com ela.
- Não te interessa. - Ela respondeu e acelerou o passo. Era só o que lhe faltava: agora ele a seguia também.
- Entra aqui, que eu te levo. - Ele disse.
- Não.
- Larga a mão de ser chata pelo menos uma vez na vida e entra nesse carro. Sua faculdade é longe. E eu como sou uma alma bondosa estou te fazendo um favor.
- Já te disse que não quero. Estou bem indo a pé. - ela disse sem olhar pra onde pisava, até que tropeçou numa pedra e perdeu o equilíbrio, não caiu, mas seu material voou longe. - Ha, agora mais essa ainda. - riu irônica.
Ele estacionou o carro e foi ajudar a menina a recolher os livros. Ao se abaixarem juntos, bateram a testa.
- OUTCH! – exclamaram juntos.
Hello my friend we meet again.
(Olá minha amiga, nos encontramos novamente)
It's been a while where should we begin? Feels like forever.
(Pouco tempo se passou, por onde devemos começar? Parece que foi eterno.)
Within my heart are memories
(No meu coração, há memória)
Of perfect love that you gave to me, oh, I remember
(Do amor perfeito que você me deu, sim, eu me lembro)
Ela já iria xingar ele, mas olhou fixamente em seus olhos, que combinavam perfeitamente com seu tom de pele e seus cabelos loiros bagunçados. Era lindo demais e eles lhe transmitiam a paz... E ela sabia que já o conhecia. Sentiu uma onda de sentimentos chegando, como se fossem alguns anos que estava voltando. Aquelas feições! Como... Como nunca deu conta que era ele? Nem mesmo o tempo poderia apagar de sua memória aquelas feições. O olhar dele para ela. Tudo.
When you are with me
(Quando você está comigo)
I'm free...I'm careless...I believe
(Me sinto livre, despreocupado, eu creio.)
Above all the others we'll fly
(Que por cima de todos iremos voar)
This brings tears to my eyes
(E isso traz lágrimas aos meus olhos)
My sacrifice
(Meu sacrifíco)
Ele olhava fixamente aqueles grandes olhos castanhos, que o faziam sentir-se aquecido, feliz. Uma sensação boa, de alegria por olhar um rosto conhecido de anos atrás. Agora tinha a certeza, era ela. Ela, aquela menina que pulava muros para visitarem jardins privados, ela que o apoiava em tudo. No fundo sempre soube que aquela implicância era algo. Queria que a mínima distância entre eles terminasse logo. Foi se aproximando lentamente e fechando os olhos, vendo que ela já fechara os dela. Conseguia sentir a respiração descompassada da menina em seu rosto. Ela tremia.
We've seen our share of ups and downs
(Temos vivido nossos momentos altos e baixos)
Oh, how quickly life can turn around in an instant?
(É, como a vida pode dar voltas tão rapidamente em um instante?)
It feels so good to reunite
(Parece ser tão bom reunir)
Within yourself and within your mind
(A sua alma e a sua mente)
Let's find peace there.
(Vamos achar a paz lá.)
*Flashback*
Foi correndo para o menino que se encontrava de braços abertos para recebê-la. Aquela sensação de segurança que somente sentia com ele. Ele sorria, e esse sorriso a fazia sorrir também. Ele via os cabelos dela balançando com o vento, as bochechas levemente coradas, como era linda. Ao se encontrarem, abraçaram-se fortemente. Não queria mais soltar ele, queria tê-lo sempre por perto, saber que ele estaria ali sempre que precisasse. Como ela sentia tudo isso se era tão nova? Não sabia realmente o que era, mas ele lhe trazia a paz.
- VOLTE AQUI! Eu falei pra você não me desobedecer! - a mãe da garota surgiu e lhe tirou de sua paz. - eu lhe disse pra não vir atrás dele! Como pode me desobedecer?
- Mas... Mas não quero..
- Nada de mais. Isso já passou dos limites. Iremos nos mudar amanhã.
- Não!
A mãe da menina a puxava pelo braço, e ela, em prantos se recusava a soltar a mão dele até que não deu mais, e sentiu sua mão desprendendo fortemente da dele.
Chorava muito enquanto sua mãe lhe colocava no carro a força. Nunca esqueceria o semblante do menino de olhos castanhos lacrimosos e cabelos loiros.
*End Flashback*
Percebeu que a distância entre os dois era a mínima possível, e por mais que relutava por aquele sentimento, decidiu que agora não poderia mais fazer nada. Sentiu um arrepio, e pareceu que o chão estava longe de seus pés, assim que seus lábios nos tocaram dele. Não estava ligando que estavam no meio da rua, com vários livros ao seu redor, para eles tudo havia desaparecido e girava em torno deles.
I Just want to say hello again
(Eu só quero dizer olá de novo)
Partiram o beijo, estavam ofegantes, e parecia que a verdade havia vindo à tona. Não era a toda que sentiam atração, na verdade, sentiam bem mais que isso: paixão. Ela olhou confusa, como que ele pode morar por vários anos ao seu lado, e ela, nunca suspeitar que ele fosse o menino que já amou no passado? Aquele que lhe transmitia a paz? E hoje, o que será dela, se descobrirem que ficaram juntos de novo? Mais uma mudança? Não suportaria ficar longe dele de novo, já chega à dor que passou. Sua mãe não poderia nem se lembrar dele que dava pra perceber que ela mudaria de estado se for preciso. Iria fingir que nada havia acontecido e descoberto, até que sua vida tomasse outro rumo, longe dali. Preferia fingir que o odiava a se separarem novamente. E depois, se ele ainda estivesse por perto iria contar-lhe a verdade. E se não estivesse, ele seria seu sacrifício.
Ele não estava entendendo a cara de confusão dela, queria ficar perto dela agora que descobriu que era seu amor. Logo, percebeu que a menina já havia arrumado seu material e voltado a andar, diga-se correr pra longe dele.
- Irá me abandonar novamente? - ele perguntou quando ela estava do outro lado do quarteirão.
- Não, porém, às vezes é preciso sacrificar-se de algo para poder fazer outro. Eu te odeio.
My sacrifice.
(Meu sacrifício.)
Lindo, lindo e lindo *-* Amei isso.
ResponderExcluiraaaah, obrigada *-*
ResponderExcluirPrii,AH,É A BELA
ResponderExcluirMEU,JA DIC,Q VC É MINHA IDOLA?
ENTÃO,VC É.
MEU,COMO QUE PODE.
FICOU MTO MARA DUDE,MTO MESMO,TIPO,SEI LA *-*
NE SEI DESCREVER *---*
AMEIDEMAISTDISSO *-*
CHOREI ._.
ResponderExcluirtá liiinda demais a história
s2
nossa , que lindo *-*
ResponderExcluir