A água caindo violentamente sobre sua cabeça. Um banho, era tudo que precisava. Sentia cada gota cair sobre seu rosto, misturado com as lágrimas que insistiam em cair, era como se lhe lava-se a alma.
Sua vida havia mudado tão de repente. Não tinha visto crescer, e se tornar o que é hoje. O dia lá fora fazia um calor infernal. Tudo que desejava era fugir. Fugir para esquecer os problemas. Mas alguém lhe disse uma vez que fugir dos problemas não adiantaria nada, mas ficar no estado que se encontrava, adiantaria muito menos.
Muitos sonhos iam embora junto com a água que caia no ralo. Um dia, sonho e acreditou. Hoje percebe que sonhar e acreditar pode custar muito caro.
Pegou a bucha, e passou pelo seu corpo violentamente. Queria tirar cada pedacinho de 'sujeira', queria se sentir limpa. Não, isso seria difícil, pois sua mente que precisava de uma lavagem. Malditas memórias.
Estava dando tudo, tudo mesmo, para poder apagar alguns erros do passado e construí-lo de forma melhor. E se assim o fizesse, com certeza o futuro seria melhor.
Estava todinha vermelha. Era como se quisesse se machucar para saber que um dia errou e tentou se punir.
Fechou os olhos, com a água caindo ainda. Amaldiçoou mais uma vez suas lembranças. Pra que raios elas queriam voltar, sendo que ele não voltaria mais?
Estava se sentindo fraca, fraca por não ter feito nada para não deixá-lo partir. Como isso pode acontecer? Como ele estava indo pra tão longe mal sabia se um dia iria voltar?
Desligou o chuveiro e sentou-se no chão. Chorou. Chorou tudo que estava entalado na sua garganta, aquele nó maldito, aquela vontade de gritar. Não sabe por quanto tempo ficou assim, sentada apenas contemplando suas lágrimas, mas enquanto chorava, sabia que esse sentimento nunca mais apareceria por ninguém, pelo menos por enquanto e não, não adiantaria esquecer com outra pessoa.
Lembranças...
"Encare a realidade como ela é!" Ele gritava e a sacudia, segurando-a fortemente nos braços.
"Estou encarando! Você gostaria que eu reagisse como? Com felicidade?" Disse, perplexa.
"Não! Só queria que você deixasse de ser infantil, e admitisse que essa é a única saída." Ele disse ainda tentando a atacar com palavras.
"A infantil sempre fui eu. Sempre. Incrível como você se influencia rápido. Foi só ouvir uma vez que essa palavra virou um vocabulário frequente. Aliás, você sempre soube que eu sou assim, que esse é meu jeito, porque quis encarar se sabia que não iria dar certo?" Ela cutucou mais ainda.
"Porque eu pensei que você poderia melhorar." Essas últimas palavras foram como facas em seu peito.
Melhorar. Então ele queria alguém melhor, uma outra pessoa?
"É, acho que esse é o limite." Ele concluiu.
Ela não sabia o que falar. Ele se afastou, e chegou perto da porta:
"Se você não tivesse esse jeito, tudo poderia ser melhor, eu poderia estar feliz. Porém, me enganei, te iludi, e acho que termina por aqui. Você sabe, vou viajar, capaz de não voltar. E espero que com o tempo você reconheça o que errou e que seja uma pessoa mais madura." Foram suas últimas palavras antes de bater a porta para um nunca mais voltar...
Ela deveria ter lutado, ido atrás dele, pegado e dado um beijão e falar o quanto o amava. Porém o que fez, foi subir as escadas, e tomar um banho.
Então, se encontrava lá, sentada ao chão, chorando e com uma única conclusão: o amor pode existir, porém, se vier de forma errada e na hora errada, pode levar a pessoa com a maior das felicidades a maior das tristezas. E ao fundo com o rádio ligado, tocava uma música, que simplesmente dizia tudo o que sentia:
"I wish I could bubble wrap my heart in case I fall and break apart. I'm not God I can't change the stars, and I don't know if there's life on Mars. But I know you hurt, people that you love and those who care for you. I want nothing to do, with the things you're going through. This is the last time, I give up this heart of mine..."
Queria, pela última vez, dizer, eu te amo.
E depois ela me fala, "só não chora tá" mas é impossivel. Caramba Pri, seus sentimentos vem do fundo da alma para o seu blog, ah como eu gostaria de expor da mesma maneira =/ mas nem tudo é facil. Cada coisa que você escreve, cada linha, cada ponto tem um sentido que toca no fundo da alma. É cada coisa que passamos em nossas vidas que as vezes escrever é a melhor solução porque chorar na maioria das vezes não dá mais, as lembranças só trazem mais dor por lembrar daquilo que aconteceu, do que não podia acontecer e do que não aconteceu. Se nossas vidas fosse uma fiction seria bem mais facil, ainda mais se podessemos escrever cada linha do nosso destino, com quem e o que quisermos. Mas nunca nada é como queremos, porque se fosse, a unica coisa que queriamos ter era desde ja, a felicidade eterna...
ResponderExcluirDisse tudo :D Se nossas vidas fosse uma fiction seria bem mais facil [2] teriamos a felicidade eterna :]
ResponderExcluirSe nossas vidas fosse uma fiction seria bem mais facil! [3]
ResponderExcluirHAHAHAHAHAHA
Eu gostei, principalmente da música bubble wrap é a minha favorita, ♥.
Todas as vezes que escrver fics novas poste no twitter que eu venho ler, haha o/o/.
Beijo, e adorei a short! :*
aah que lindo, obrigada!
ResponderExcluirPode deixar, que eu vou postar sempre :D
aii adorei! Se nossas vidas fosse uma fiction seria bem mais facil [4]
ResponderExcluiradoro essa chuva de sentimentos.. e pensar que naum sou só eu que sinto isso!
Beijo
Estou escrevendo uma fic! quando puder da uma olhadinha!
Quero viver uma fic ._.
ResponderExcluircomofas?
Pri, aqui é a Sara do Hospicio Do McFly! fiz um blog só pra mim :)
Bgs ;*