Resenha: Los Angeles, Marian Keyes

Mantendo a mesma linha de humor + tratando de assuntos sérios do mundo feminino, Marian Keyes consegue - mais uma vez - se superar na escrita.

Neste livro, ela irá contar a história da Maggie Walsh, a 3ª filha da família Walsh. Classificada como a mais "normalzinha" e a mais "santinha", Maggie sempre preferiu a calmaria da segurança de um relacionamento sério, do que noites badaladas onde cada dia se encontrava na cama de um cara. Helen, uma de suas irmãs, costumava classificá-la como "iogurte natural à temperatura ambiente". Mas, esses são poréns.

Maggie era casada com Garv há 9 anos, mas de uma hora parar outra, numa corrente de azar, sua vida começou a desmoronar. Um acontecimento ruim atrás de outro, fizeram com que ela se afastasse dele; vivendo em uma rotina, sem quase trocar uma palavra com o marido, ela tentava encontrar uma solução pra todos seus problemas quando batia aquela insônia infernal. Enquanto a solução divina não vinha, e para finalizar a onda de azar completo, ela descobre de uma maneira nada comum e sutil, que seu marido estava a traindo. Sem pensar duas vezes, ela faz as malas e volta para a casa zoneada de seus pais.

Numa fossa sem tamanho cheia de reflexões, decide então "dar um tempo" na casa de sua amiga Emily, em Los Angeles. E em sua estadia, Maggie vai descobrir novos prazeres, fará novas amizades, tentará se apaixonar, mas antes de pronunciar "paixão", o cara já terá sumido do mapa; tentará uma aventura sexual, mas, só para descobrir que ela sempre será o tal "iogurte natural". Não adianta. Mas, Maggie nos mostra que às vezes, para nos encontrarmos de novo é preciso nos aventurarmos em uma nova fase, mesmo que seja para voltarmos a ser como era antes; mas nunca desistir de tentar, e claro, amar e perdoar. 

De todos os livros da Marian Keyes que li, classifico esse como o mais "levinho". A leitura não teve altos nem baixos, manteve-se num ritmo ameno e bom. Gostei bastante, em minha opinião, parece que faltou algo já que o título e capa sugeriam algo há mais.